santa maria e região

Combater roubo a pedestres é um dos principais objetivos do novo comando da BM

Naiôn Curcino

Foto: Pedro Piegas (Diário)

Há quase um mês, o Comando Regional de Polícia Ostensiva Central (CRPO Central), que abrange o 1º e o 5º Regimento de Polícia Montada, responsáveis pelo policiamento em 29 municípios da Região Central, está sob novo comando. O coronel José Nilo Corrêa Alves, 52 anos, substitui o também coronel Marcus Vinícius Sousa Dutra que chefiará o Estado-Maior da Brigada Militar. 

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Natural de Santana do Livramento, Nilo comandava o CRPO Fronteira Oeste, o maior do Estado no que se refere a extensão territorial. O policial ingressou na Brigada Militar em 1987, e tem 34 anos de corporação. Portanto, dentro de um ano, terá de ir para a reserva. Antes de assumir o comando regional na sua terra natal, serviu no Vale do Sinos, onde comandou os pelotões de cidades como Campo Bom, Estância Velha e São Leopoldo. 

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- Trouxe a família e já me sinto santa-mariense. Espero dar continuidade ao bom trabalho desenvolvido aos que me antecederam aqui. É uma satisfação estar neste comando, me sinto honrado. Aproveito para pedir um voto de confiança da comunidade no nosso trabalho, porque estamos aqui para melhorar as condições de segurança de todos - afirma Nilo. 

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Em entrevista ao Diário, o coronel falou sobre os planos e as estratégias para a segurança dos 29 municípios da região. 

ROUBO A PEDESTRES
Principal preocupação na cidade, já que é o crime com maior incidência, o roubo a pedestres é o objetivo número 1 do comando. A intenção é reduzir o índice. 

- A questão dos roubos a pedestres é importante por Santa Maria ser uma cidade universitária. Já estamos traçando linhas de ação para reduzir isso. Mapeamos onde acontecem, mas, para isso, precisamos do registro. Precisamos saber qual a incidência naquele local, os horários... para agirmos pontualmente, porque a polícia não pode estar em todos os lugares todo o tempo. No ano passado, tivemos um aporte interessante de novas viaturas e estamos fazendo uma engenharia interna nos quarteis para podermos colocar mais gente na rua - diz.

FALTA DE EFETIVO 
O problema é histórico em toda a Brigada Militar e chega a 47% no CRPO Central, segundo Nilo. Com a chamada de 2 mil aprovados no último concurso para o início do curso, a previsão é que, até a metade do ano, a região receba novos policiais. Hoje, 120 realizam o curso na cidade.

- A principal deficiência que temos é a questão do recurso humano. Temos um curso de formação aqui com três turmas. São 120 alunos que, quando concluído o curso, vão acrescer ao efetivo que já está trabalhando. Será uma melhoria, mas ainda longe do ideal. Essa definição de quantos ficarão aqui será feita pelo comando da BM. Temos regiões que carecem mais de efetivo. Aqui na nossa região, temos cidades que têm poucos policiais e é uma questão que nos preocupa pelos ataques de quadrilhas a agências bancárias nessas pequenas cidades. Então, temos que repor efetivo com urgência nessas cidade. No geral, estamos com uma média melhor que a BM como um todo, que está chegando aos 60% - explica.

Por conta desse déficit, algumas cidade menores são atendidas pelas Patrulhas Intermunicipais (Patrin), já que não possuem policiais 24h no posto do do município.

TRABALHO EM CONJUNTO 
O novo comandante ainda destaca também que quer trabalhar em conjunto com outras forças, como Polícia Civil, Polícia Federal, Susepe, Guarda Municipal e a própria comunidade.

- Independente da deficiência do efetivo, o objetivo é trabalhar junto com a sociedade, com os órgãos do sistema de segurança para, em conjunto, combater a criminalidade, principalmente os números mais elevados - acrescenta.

ASSASSINATOS
Apesar da redução dos casos de assassinatos em 2018 - a primeira queda dos últimos sete anos -, o combate aos homicídios continua como uma das prioridades.

- Estamos adotando uma estratégia de trabalhar com a inteligência, buscando informações. Muitas delas circulam nos estabelecimentos prisionais. Temos um relacionamento bom com a Susepe e contamos com eles para nos passar informações sobre o que pode acontecer nas ruas. A grande maioria dos homicídios, hoje, é relacionada ao crime organizado, briga entre as facções, dívida por drogas. Tendo essas informações, podemos nos antecipar e tentar prevenir - ressalta.

DROGAS 
Responsável por muitos crimes, o tráfico de drogas também é tratado como prioridade. Neste caso, a integração com a Polícia Civil, responsável pela investigação de quadrilhas e traficantes servirá para a atuação em pontos estratégicos.

- Trabalhamos com a inteligência. As informações são muito importantes e, por isso, temos um trabalho muito afinado com a PC. Trocando informações e fazendo operações conjuntas temos conseguido desbaratar várias quadrilhas e é isso que vamos continuar fazendo. Não deixaremos de lado as abordagens e contamos com a colaboração da comunidade com informações - destaca.

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